sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

nkeira Valesca Popozuda defende letras estilo ‘proibidão’ em programa de TV



O programa “História sexual da MPB”, que vai ao ar à meia-noite de hoje no Canal Brasil, promete pegar fogo. Convidados para discutir temas polêmicos – como a sexualidade na música jovem, a censura, os limites do erotismo e o que pode ou não ser considerado ‘mau gosto’ em letras de música -, a funkeira Valesca Popozuda e o ‘Tremendão’ Erasmo Carlos abriram o verbo.

Uma das opiniões mais enfáticas é a de Valesca Popozuda, da Gaiola das Popozudas, que defende letras suas – como os versos de “Agora eu sou solteira” – e de outros MCs.

“O que a gente expressa, o que é cantado pela maioria dos MCs, é a realidade! Quando a mulher fala: ‘Hoje eu quero sentar, hoje eu quero dar de quatro’ é o que acontece. É a realidade! Não estamos inventando nada que já não exista no dia-a-dia das pessoas”, afirma Valesca.

Do alto dos seus 50 anos de carreira, Erasmo Carlos praticamente faz coro às opiniões da funkeira. Mas apenas na teoria. O cantor e compositor admite que toma cuidado na hora de escrever as letras, para que suas músicas não sofram preconceito.

“Para mim é uma dificuldade falar do ato sexual sem usar palavras consideradas chulas. Por que é que quando estou na cama com a mulher eu posso falar palavrão e tudo que eu quiser pra ela, e na hora de escrever uma música descrevendo o ato sexual tenho que me reprimir? São dificuldades que me atrapalham muito. Se eu for escrever exatamente como eu gostaria, vai haver uma rejeição ao meu trabalho. Ou então, se eu falar, minha música vai ficar restrita a um gueto, como é o caso do funk”, avalia o Tremendão.

O programa traz ainda depoimentos de outros nomes da música, como Wanderlea, Frejat, Fernanda Abreu, Paula Toller e Roger do Ultraje a Rigor

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