terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Gabriela Alves fica cheia de hematomas durante tortura no pau de arara


Novas cenas fortes da nova novela do SBT, Amor e Revolução, caíram na web. A trama, que estreia em abril, se passa na época da Ditadura Militar no Brasil, conta a história de amor entre a guerrilheira Maria Paixão, interpretada por Graziella Schmitt, e José Guerra, filho de um temido general.
Em várias cenas de tortura, a vítima é a personagem interpretada por Gabriela Alves. Em uma das sequências fortes das imagens, a atriz é levada para uma sala de tortura e pendurada em um pau de arara (instrumento de tortura usado no período ditatorial brasileiro, no qual se amarrava pessoas penduradas em uma vara ). Na cena, usando apenas roupas íntimas, a personagem de Gabriela apanha e recebe baldes de água fria do torturador.

Em conversa com O Fuxico, a atriz revela que todos os atores participaram de workshops com as pessoas que foram torturadas para saberem um pouco mais da história. Além disso, o cast passou por treinamentos físicos. Mas apesar da preparação, a atriz conta que sentiu algumas dores para gravar a cena em que fica pendurada apenas pelos braços e pernas.

“A gente teve workshops que realmente foram um laboratório, tivemos a oportunidade de mergulhar no drama dessas pessoas, saber a experiência que ela tiveram durante a tortura, então, para entrar em cena não precisou muito, a gente já estava com as emoções carregadas. Tivemos um treinamento físico também, mas principalmente na cena do pau de arara não tinha muito o que fazer, eu realmente não estava em uma posição muito confortável, tentamos adaptar alguma coisa para não machucar tanto minhas pernas e minhas mãos, mas não teve jeito. Tentamos gravar a cena de forma que eu não ficasse muito tempo pendurada.”

Gabriela conta ainda que aguentou firme a semana gravando as cenas de tortura, mas no último dia quase misturou a ficção com a realidade.

“Vou ser franca, o último dia foi bem complicado. A primeira vez que entrei na sala de tortura, só de estar ali naquele cenário da uma mexida, fizeram tão real, e você ver tudo aquilo. A gente tentava descontrair quando acabava cada cena para quebrar aquele clima. Minha experiência como atriz não deixava eu misturar as coisas, mas no último dia, a carga dramática já tinha sido tão intensa, que demorei pra me recuperar. Fiquei um dia todo mal no dia seguinte.”

Já os hematomas foram inevitáveis. Gabriela ficou cheia de marcas no corpo e em uma das cenas em que era afogada pelo torturador num tambor, chegou a se afogar de verdade.“Na hora da emoção eu me jogava mesmo, caía, era empurrada, depois vi alguns roxos na perna, alguns ralados pelo corpo. Teve uma cena que o torturador me afogava e eu quase me afoguei de verdade. Naqueles momentos mais dramáticos é difícil você manter a técnica, você entra mesmo na personagem”.

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